O que é e como lidar com o microgerenciamento?

Saiba o que é o microgerenciamento e como reconhecer essa prática que pode prejudicar sua liderança e seus resultados.

Microgerenciamento

A prática do microgerenciamento, mesmo que feita com a maior boa vontade por parte do gestor, a fim de diminuir erros, certamente é mais nociva do que saudável para qualquer negócio.

Isso porque microgerenciar tarefas traz falta de autonomia para os colaboradores e leva a um comportamento nada flexível do gestor, que engessa os processos, as tarefas e, consequentemente, a produtividade da equipe.

E se a sua equipe é pouco produtiva, certamente os resultados que você espera também não chegarão.

Entenda exatamente o que é esse hábito e saiba por que você deve parar de praticá-lo o quanto antes.

O que é microgerenciamento?

É um hábito praticado por líderes que torna a gestão de um setor, ou até mesmo da empresa como um todo, inflexível e bastante rigorosa. Assim, o conceito de microgerenciamento gira em torno de uma liderança que não está atuando como deveria.

É aquele líder que não consegue ficar de fora de nenhum detalhe do que está acontecendo na empresa, nem mesmo de um simples e-mail. E na ânsia de participar de tudo, acaba tendo que estar presente em milhares de reuniões de alinhamento que ele mesmo organiza ou exigindo relatórios de cada passo que seus colaboradores dão.

Uma das habilidades que um líder deve ter é saber delegar tarefas, porque tem confiança na equipe. O microgerenciamento ocorre quando o líder acredita que as coisas apenas acontecerão se ele fizer parte de cada pequeno detalhe, por justamente não confiar nas pessoas que trabalham com ele.

Mas como identificar se esse é o seu caso?

Atitudes do microgerenciamento

Se você está se perguntando como reconhecer o microgerenciamento e subgerenciamento - que é quando além de microgerenciar, você não orienta nem dá apoio para sua equipe -, esteja atento aos seguintes comportamentos:

  1. Solicita estar em cópia em todos os e-mails enviados e respondidos pela equipe, por mais corriqueiro que seja o assunto.
  2. Interfere nas tarefas dos outros, muitas vezes entrando no meio do processo, modificando algo que já estava definido.
  3. Proíbe a sua equipe de realizar atividades com outras equipes sem a sua autorização.
  4. Não consegue delegar tarefas, buscando realizar ou estar envolvido em todas elas.
  5. Determina que a sua aprovação é necessária para qualquer decisão, mesmo quando se tratam de pequenas escolhas ou, por exemplo, de investimentos de baixo custo, que não precisam de uma autorização, limitando a autonomia dos colaboradores.
  6. Não enxerga valor nos demais colegas, porque entende que a empresa só evolui por causa do seu trabalho.
  7. Se importa com cada pequeno detalhe, não conseguindo relevar pontos insignificantes para o resultado final e sendo pouco tolerante.

Caso tenha se enxergado em qualquer uma das situações acima, lamentamos informar, mas você está praticando microgerenciamento na sua liderança.

Se não mudar esse hábito, sua gestão poderá causar a diminuição da confiança da sua equipe, o que costuma ser uma estratégia contra a retenção de talentos. Isso é péssimo para qualquer organização, pela perda de tempo - e dinheiro - adaptando novas pessoas ao seu sistema nada promissor.

Além disso, essa prática também causa outros problemas para a gestão, como não enxergar o negócio como um todo, que é uma das principais tarefas de um gestor. Você estará se preocupando tanto com pequenos detalhes que não poderá focar em analisar a produtividade e desempenho - que possivelmente estarão caindo.

Se for só você e um funcionário, o microgerenciamento até pode ser escalável, mas quanto mais pessoas você tentar microgerenciar, mais se perderá nesse mau hábito e menos estará contribuindo com a própria empresa. Então, o que fazer?

Como lidar com o microgerenciamento

Na verdade, é muito simples parar com essa prática, que não é prejudicial só para sua equipe, como também para você. O gestor que microgerencia as atividades está constantemente sobrecarregado. Portanto, comece com pequenas ações, como delegar funções.

Dê autonomia para a equipe, acredite no potencial dos seus profissionais e seja flexível, entendendo o papel e o tempo de cada um.

Também busque melhorar a comunicação interna na empresa. Ninguém gosta de um líder que só fala e não escuta. Ouça o que as pessoas têm a dizer. Todo mundo quer sentir que faz parte da empresa, inclusive das decisões. E todos sempre têm algo importante a dizer, ideias que podem agregar e melhorar a rotina empresarial e os resultados.

Saiba dar feedbacks quando o trabalho não está legal, mas também para trabalhos bem feitos. Não deixe para falar que uma ação deveria ser executada com mais atenção ou cuidado só na hora da demissão, bem como não perca as oportunidades de mostrar às pessoas o quanto o trabalho delas está bom.

Cobranças devem ser feitas apenas quando realmente forem necessárias, em último caso. Ninguém gosta de trabalhar sob pressão e sendo cobrado o tempo todo.

Claro, no caso de novos funcionários ou estagiários, talvez seja importante fazer um microgerenciamento para adaptação e repasse de conhecimentos. Mas apenas até o profissional estar inserido na rotina da empresa.

Essas pequenas ações, jogando o microgerenciamento para escanteio, vão melhorar não só o ambiente, como a produtividade da equipe. Pode apostar!

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