Job rotation em 7 passos, tipos e quando fazer

Job rotation explicado: tipos, passo a passo para executar, vantagens e quando é bom. Neste artigo! Boa leitura.

Imagem de equipe de escritório com profissionais em reunião de negócios, discutindo estratégias e planejando projetos, ambiente moderno de trabalho.

Você talvez já tenha ouvido falar em rodízio de trabalho ou na expressão “job rotation”, a movimentação dos colaboradores de uma empresa em diferentes setores, áreas ou funções dentro da própria organização.

Essa é uma maneira de capacitar profissionais em diferentes frentes e contextos, torná-los mais engajados, desenvolver talentos, identificar lideranças, integrar áreas e ganhar agilidade ou potencial de inovação, por exemplo, então, vale a pena compreendê-la em detalhes.

Aprenda exatamente como funcionam os diferentes tipos de job rotation durante a leitura deste artigo. Em seguida, veja como implementar em etapas assertivas.

Lembre-se sempre: fazer job rotation é movimentar colaboradores entre diferentes funções, departamentos e/ou projetos por um determinado período

6 tipos de job rotation e suas diferentes propostas

A rotação de profissionais pode ser aplicada em diversos contextos numa organização, alcançando tanto os estagiários dentro de um programa específico quanto colaboradores nas mais altas posições.

O job rotation tem como ideia central proporcionar uma visão mais ampla e estratégica do funcionamento da organização aos profissionais nele envolvidos, por isso, vale de forma horizontal, vertical, lateral, cíclica, projetual e geográfica.

E não necessariamente o colaborador muda de área: ele pode mudar de função – ou vice-versa! Acompanhe:

1. Horizontal

  • Funções dos colaboradores envolvidos são parecidas
  • Nível de responsabilidade dos colaboradores envolvidos é parecido
  • Mudam de área; permanecem no mesmo setor
  • Foco no funcionamento das várias partes da operação em que os profissionais já estão envolvidos

2. Vertical

3. Lateral

  • Parecida com a horizontal, mas envolve mudança de setor
  • Colaboradores desenvolvem visão ampliada das operações da empresa
  • Foco na compreensão da atuação conjunta de diferentes setores; aquisição de insights que serão levados “de volta” ao setor de origem

4. Cíclica

  • Mudança periódica das funções de um profissional que acontece com cronograma estabelecido
  • Foco na manutenção do engajamento e no desenvolvimento do colaborador e da empresa
  • Capacitação das equipes para atuarem em áreas diferentes, conforme a necessidade do negócio

5. Projetual

  • Acontece em empresas com equipes multidisciplinares responsáveis por vários projetos simultâneos
  • Pode ajudar a acabar com a sensação de estagnação de um colaborador por estar há muito tempo envolvido num único projeto
  • Profissionais que giram assumem as mesmas funções, mas com objetivos diferentes

6. Geográfica

  • Nada mais é do que a mudança de unidade em que o colaborador atua
  • Mais comum em cargos de gestão de grandes empresas
  • Foco na experiência cultural e na partilha de boas práticas; também há obtenção de insights e realização de reports importantes

As vantagens são evidentes!

Quais os benefícios do job rotation?

Conhecendo o conceito por trás da ideia de rodízio de funções, áreas ou setores, fica fácil imaginar que essa estratégia diminui a taxa de turnover, melhora a comunicação interna, aumenta a motivação e oferece oportunidades de crescimento, dentre várias outras vantagens.

O desenvolvimento de talentos é um dos principais benefícios do job rotation, mas não o único

Aqui está uma lista completa!

Para a empresa

  • Redução de turnover ligado à rotina repetitiva e à falta de desafios, por exemplo
  • Melhora na comunicação interna
  • Maior integração entre diferentes departamentos
  • Alinhamentos mais adequados, menos conflitos e parcerias mais produtivas
  • Gestão estratégica de capital humano
  • Identificação e capacitação de lideranças

Para os profissionais

  • Aquisição de competências técnicas
  • Aprimoramento de soft skills
  • Compreensão holística da empresa
  • Melhora no desempenho
  • Espaço para crescimento e/ou promoções
  • Compreensão dos processos e desafios internos
  • Flexibilidade e capacidade de adaptação
  • Aumento da motivação e do senso de pertencimento

E como implementar job rotation? 7 passos até o acerto!

Defina o objetivo da estratégia, escolha quantos e quais profissionais serão impactados e mapeie suas áreas e funções para criar um plano de rotação.

Depois, prepare cada indivíduo, execute a ideia e acompanhe os resultados, fazendo ajustes assim que eles se mostrarem necessários.

1. Defina os objetivos

Tenha clareza do por que a empresa quer adotar o job rotation, da coerência em relação à cultura organizacional e ao momento vivido internamente. Só assim, você escolhe certo quem vai participar e analisa as métricas corretas no decorrer do processo.

Rotation para desenvolver líderes com visão sistêmica é diferente daquela feita para melhorar a integração entre áreas, que é diferente da que vai engajar talentos-chave e da que vai ajudar na identificação de competências, por exemplo.

2. Escolha os profissionais impactados

Nem todos os colaboradores da sua empresa precisam ou devem participar do job rotation ao mesmo tempo: selecione um grupo estratégico.

  • Estagiários/Trainees
  • Novos contratados
  • Talentos em potencial
  • Interessados em desenvolvimento de carreira
  • Equipes interdependentes
  • Outros

Considere o perfil de cada pessoa, a fase profissional em que elas estão e a capacidade da empresa para acompanhar a rotation de perto. Evite tirar colaboradores estratégicos de funções em que eles sejam indispensáveis no momento.

3. Conte com a ajuda de outras lideranças

Além de escolher os colaboradores, selecione lideranças que possam ajudar você no monitoramento do andamento do projeto, bem como os profissionais durante as adaptações das mudanças.

Veja se pessoas de sua confiança, que estejam sempre presentes e disponíveis para oferecer suporte, têm espaço na agenda para lhe acompanhar na estratégia!

4. Mapeie áreas, setores e funções que podem entrar no rodízio

É fundamental compreender quais departamentos vão se beneficiar do programa, se existem restrições técnicas para o job rotation acontecer em algum deles etc.

Se você nunca usou uma estratégia assim por aí, comece com áreas que já se comuniquem bem ou que façam parte do mesmo fluxo de trabalho: isso facilita a adaptação inicial e amplia o ganho de eficiência.

5. Crie um plano completo (e concreto!)

Defina um cronograma para a rotação. Nele, você vai precisar registrar:

  • Quanto tempo cada colaborador ficará na nova posição
  • Se um ou mais profissionais vão passar por mais de uma área ou setor e quais serão
  • Qual a sequência dessa “passagem”; existe uma ordem ideal?
  • O que cada colaborador deverá fazer em cada nova função
  • Quais habilidades os funcionários precisam desenvolver, se essa for a proposta
  • Como será avaliado o desempenho da rotatividade
  • Quais métricas de performance são importantes para cada setor envolvido

Aí, faça de tudo para cumprir com o plano do início ao fim!

6. Convide e prepare os participantes

Em vez de implementar o programa de uma hora para a outra, comunique-o aos colaboradores que estão no seu plano, explicando objetivos e expectativas com transparência e mostrando benefícios para a empresa e para o desenvolvimento individual.

Nessa etapa, esclareça dúvidas e coloque-se disponível para oferecer, também, capacitações técnicas se/quando necessárias, como um treinamento para a operação de uma máquina ou a demonstração de uso de um software. Apresente os líderes selecionados na etapa 3.

7. Acompanhe os resultados

Por último, monitore o andamento e os resultados dos giros, analisando métricas individuais e coletivas, fazendo reuniões de one-on-one (1:1), pedindo respostas anônimas para questionários com perguntas relevantes etc.

Você vai perceber que alguns resultados serão mais qualitativos e, portanto, menos refletidos em números, enquanto outros serão totalmente matemáticos

O job rotation é bom quando a empresa está num momento em que pode abraçá-lo – e quando há planejamento para ele acontecer. Que tal começar agora com um projeto-piloto simples, testar o que aprendeu neste artigo e amadurecer a estrutura para escalar no futuro?

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